Congresso de MMA defende reconhecimento do esporte
Autoridades, personalidades e pessoas envolvidas com o esporte estiveram reunidas em um hotel da Barra da Tijuca para a realização do primeiro Congresso Brasileiro de MMA. Pelo menos 600 pessoas passaram pelo local durante toda a sexta-feira, 6. A RFT enviou a gerente do Centro de Treinamento de Botafogo, Mariana Figueiredo, o gerente de comunicação Gutembergue Barbosa e os educadores físicos Samuel Rufino e Hanna Kwitto para acompanhar de perto o evento. Dirigentes das principais academias de artes marciais mistas, promotores de eventos, jornalistas dos principais veículos, representantes de empresas além do senador Magno Malta e do deputado federal Hugo Leal estiveram presentes. O Congresso foi promovido pela CABMMA (Comissão Atlética Brasileira de MMA). Em grande parte dos debates as falas incluíam uma articulação para a defesa pública para o reconhecimento do MMA como esporte pelo Comissão Nacional dos Esportes, em votação que deve acontecer ainda este mês. Rafael Favetti teve a missão apresentar a CABMMA enquanto novo órgão para regulação do esporte e fomentador do desenvolvimento e profissionalização dos atletas e eventos em território brasileiro. O chairman esclareceu que existe uma grande confusão entre direito do trabalho e esportivo. Segundo ele, a Lei permite que existam tantas federações e confederações partindo do suposto da representatividade. Ele explicou ainda que a nova entidade não captará verbas públicas, não irá gerenciar atletas nem promover eventos profissionais. Em defesa do MMA como esporte legítimo, Favetti disse que não há violência nos combates – isso porque violência é a ausência total de regras externas e gratuita. Ele finalizou dizendo que a meta da CAB é de trabalhar pelo avanço e melhoria do esporte. O presidente da Comissão Atlética, Giovanni Biscardi, acrescentou ainda que a entidade irá se ocupar em garantir a segurança dos atletas, regulamentar os eventos e incorporar algumas práticas inspiradas na experiência da Comissão Atlética de Nevada, que comanda os eventos de Las Vegas (EUA). Ele passou um ano e meio entre visitas, reuniões e eventos nos Estados Unidos para conhecer de perto esse trabalho. Michael Mersch (vice-presidente de Assuntos Legais do UFC) enfatizou que o Brasil tem os melhores atletas e que a maior organização mundial de MMA os quer protegidos. Dessa forma eles escolheram a CAB para reger os eventos que são realizados aqui. O comprometimento com a educação, com a formação de novos atletas e com a legislação são pilares importantes que ambas as organizações defendem. “Precisamos de mais profissionais capacitados, e estamos falando não apenas de atletas mas de todo o staff que envolve um evento como árbitros, médicos, produtores, etc". A CAB será o órgão que representa a IMMAF (International MMA Federation) no Brasil. A norte-americana Erika Mattson (diretora de Comunicação) apresentou o organograma da instituição com sede nos Estados Unidos e explicou porque escolheram a CABMMA para ser a confederação nacional para representar o país mundialmente. “Havia muita animosidade entre os outros pedidos de filiação enviados por órgãos do Brasil e decidimos apostar em algo novo, uma entidade que tem em sua filosofia trabalhar pela legitimidade, suporte e práticas sérias”. Já existem 23 membros na IMMAF e 136 pedidos em análise de novos países para aderir a IMMAF. Ela voltou a defender o reconhecimento do esporte e fez uma analogia com a esgrima – um esporte medieval onde duas pessoas duelam com espadas mas que existem regras e proteção para os atletas, da mesma forma que o MMA. Em junho de 2014 Las Vegas irá sediar a primeira Copa do Mundo de MMA Amador. O Brasil começa a realizar as seletivas em breve regionalmente a partir dos escritórios que a CAB está estruturando. Já existe um no Pará (norte), no Rio de Janeiro (sudeste) e no Paraná (sul). Carlão Barreto está a frente da formação de uma Seleção Brasileira de MMA Amador.

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